sexta-feira, 9 de abril de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - FOLDER

O QUE É LIXO? São restos de atividades humanas consideradas inúteis e que se apresentam em estado sólido ou semi-líquido.

O QUE É COLETA SELETIVA? É uma alternativa ecologicamente correta que desvia, do destino em aterros sanitários ou lixões, resíduos sólidos que podem ser reciclados.

O QUE É RECICLAGEM? É um processo de retomar a sucata em matéria prima e produto final por meio de industrialização ou artesanal.

O Sistema de coleta seletiva está sendo implantado em nossa comunidade, pelos próprios jovens que aqui residem. Mas, para isso, precisamos da sua colaboração, fazendo a separação do lixo de sua residência.
Nosso sistema de coleta funcionará em um dia da semana através dos pontos de coleta , em locais que serão identificados com cartazes instalados em ruas do bairro e teremos também o posto de coleta que funcionará na sede do CEATICA .



Recicláveis


Papel Jornais, folhas de caderno, formulários de computador, caixas em geral, fotocópias, provas, envelopes, papel de fax, cartazes, rascumhos, aparas de papel.

Metal Lata de óleo, leite em pó, lata de alumínio, outras sucatas de reforma.

VidroRecipientes em geral, garrafas e copos

Plástico Embalagem de refrigerante, embalagem de produtos de limpeza, copinhos descartáveis, embalagem de margarina, canos e tubos, sacos plásticos em geral.



Não-recicláveis


Papel Etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papéis sanitários, papéis metalizados, papéis parafinados, papéis plastificados, papéis sujos, guardanapos, tocos de cigarro, fotografias

Metal Clips, grampos, esponjas de aço, canos.

Vidro Espelhos, vidros planos, lâmpadas, cerâmica, porcelana, tubos de TV.

Plástico Cabo de panela, tomadas, embalagem de biscoito, misturas de papel, plásticos e metais.

O que significa a numeração do símbolo seguinte:

Existem diversos tipos de plásticos que são classificados pela numeração de 1 a 7 que irá aparecer em símbolos como esse exemplo:

1 PET
2 PEAD
3 PVC
4 PEBD
5 PP
6 PS
7 Outros

1 = PET - Polietileno Tereftalato, usado em garrafas de refrigerantes.
2 = PEAD - Polietileno de Alta Densidade, consumido por fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e outros produtos.
3 = PVC - Policloreto de Vinila, comum em tubos e conexões e garrafas para água mineral e detergentes líquidos.
4 = PEBD - Polietileno de Baixa Densidade, utilizado na fabricação de embalagens de alimentos. Ex.; sacos de arroz ou feijão.
5 = PP - Polipropileno, que compõe embalagens de massas e biscoitos, potes de margarina, utilidades domésticas, entre outros.
6 = PS - Poliestireno, utilizado na fabricação de eletrodomésticos e copos descartáveis.
7 = Outros

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O plástico na reciclagem

Queimar o lixo e utilizar o calor produzido durante a queima dos resíduos para gerar energia elétrica ou térmica para a sociedade. Essa é a ideia do processo de reciclagem energética, que já é adotado em vários países – como Suíça, EUA, Japão e França – como solução para a grande produção de lixo no mundo e a falta de espaço para tratá-lo adequadamente.




Recomendada, inclusive, pelo IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU – Organização das Nações Unidas como solução para a destinação final do lixo urbano não reciclável, no Brasil a reciclagem energética engatinha e ainda é muito criticada, principalmente por ser confundida com a simples incineração dos resíduos – que não aproveita o calor da queima para gerar energia e, ainda, não emprega tecnologia adequada para evitar a emissão de gases prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.



Especialistas em reciclagem aprovam a técnica e vão além, afirmando que, com o aumento populacional – e, consequentemente, o crescimento da produção de lixo – e a diminuição do espaço dos aterros, a tendência é que, nos próximos cinco anos, o país invista cada vez mais em usinas de reciclagem energética. Atualmente, no Brasil, existe apenas um projeto experimental na área, desenvolvido pela UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro: a Usina Verde, que produz energia elétrica, mas apenas para consumo próprio. (Saiba mais em A luz que vem do lixo e A energia que vem do lixo).



PLÁSTICO

Com a crescente necessidade da adoção de novas medidas para o controle do lixo no mundo, instituições especializadas – como a Plastivida e a Abrelpe – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais – passaram a estudar mais profundamente as possibilidades da reciclagem energética e descobriram que o plástico é um componente que faz grande diferença nesse tipo de processamento.



O material detém boa parte do potencial energético de sua matéria-prima, o petróleo, e, por isso, possui alto poder calorífico. Isso significa que, ao ser queimado na reciclagem energética, o material libera grande quantidade de calor e, consequentemente, produz muita energia. De acordo com a Plastivida, 1 kg de plástico é capaz de produzir a mesma quantidade de energia elétrica gerada por 1 kg de óleo diesel.



“A presença dos plásticos no processo de reciclagem energética é, realmente, positiva. No entanto, a queima do material libera gases como CO e CO2 e, por isso, essa técnica deve ser bem monitorada – com instalações operacionais e sistemas de controle de emissão adequados, além de mão-de-obra qualificada – para que não sejam liberados na atmosfera poluentes sólidos e gasosos, prejudiciais à saúde das pessoas e do meio ambiente. O grande problema é o custo”, diz o especialista em reciclagem de polímeros, da USP, Helio Wiebeck.



Já o gerente de operações da Usina Verde, Jorge Nascimento, não acredita que o preço da instalação e da operação de uma usina de reciclagem energética seja empecilho. “De fato, importar a tecnologia usada por outros países para realizar o processo sairia caro.



No entanto, desenvolvemos na UFRJ uma tecnologia 100% brasileira – que respeita todas as normas do Conama e, portanto, não polui –, que é muito mais barata. Os empresários teriam retorno financeiro em 5 ou 6 anos”.



PARA AS SACOLAS PLÁSTICAS, RECICLAGEM MECÂNICA

Levando em conta o grande potencial do plástico no processo de reciclagem energética, a pergunta é quase inevitável: será que estamos diante da solução para o consumo excessivo de sacolas plásticas no Brasil e no mundo? Incinerá-las para produzir energia seria uma alternativa para reduzir o impacto ambiental que causam?



Os especialistas são unânimes ao responder que não. O processo de reciclagem energética é uma boa alternativa, apenas, para a diminuição da quantidade de lixo destinado aos aterros. Sendo assim, só resíduos não-recicláveis devem ser queimados para a produção de energia. Os que podem ser reciclados mecanicamente, devem ser encaminhados para as cooperativas. “Claro que podemos queimar tudo, mas ao reciclar os materiais que vislumbram essa possibilidade economizamos energia elétrica e, também, preservamos nossos recursos naturais”, explicou Jorge Nascimento.



A alternativa para as sacolinhas plásticas, portanto, seria o incentivo à reciclagem mecânica do plástico. “Falta uma política nacional muito bem definida para esse assunto, além de auxílio e incentivo para os pequenos e médios recicladores, que são os que tratam a maioria dos resíduos plásticos do Brasil, mesmo em condições muito precárias”, disse Helio Wiebeck.



Ao mesmo tempo, nós, consumidores, também devemos fazer a nossa parte: optando por sacolas retornáveis, recusando saquinhos plásticos sempre que possível e, assim, diminuindo gradativamente o uso desse “vilão ambiental” no nosso dia-a-dia.



Segundo a Abras – Associação Brasileira de Supermercados, estima-se que cada um de nós consuma cerca de 66 sacolinhas plásticas por mês. Isso significa que usamos, por dia, no país, aproximadamente 33 milhões de sacos plásticos e, por ano, 12 bilhões.



Levando em conta que cada uma dessas embalagens demora cerca de 400 anos para se degradar na natureza, já passou da hora de cada um de nós se conscientizar e diminuir o consumo das sacolinhas, a partir da mudança de hábitos. Você já recusou alguma hoje? Então, registre em nosso contador de sacolas recusadas e participe da nossa campanha de conscientização.



Leia também:

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O plástico oxibiodegradável é uma boa opção?

Por que reduzir as sacolas plásticas?

Excesso de sacolas descartáveis causa grandes danos

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/reciclagem-energetica-queima-lixo-plastico-546773.shtml

MEGADIVERSIDADE BIOLÓGICA


Ano Internacional da Biodiversidade incentiva a conservação

Instituído como o Ano Internacional da Biodiversidade pela ONU – Organização das Nações Unidas, 2010 está sendo marcado por mobilizações mundiais pela manutenção da biodiversidade, que enfrenta o perigo de extinção de espécies e os efeitos das mudanças climáticas, decorrentes das ações humanas. Nesse contexto, o Brasil tem participação estratégica já que é um expoente da megadiversidade planetária

Sucena Shkrada Resk – Edição: Mônica Nunes

Planeta Sustentável – 05/04/2010

A perda crescente de biodiversidade em todo o mundo resultou na decisão da ONU – Organização das Nações Unidas em instituir 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. O objetivo principal é aprimorar o entendimento sobre o seu papel para a manutenção da vida no planeta, por meio de várias estratégias de divulgação, de eventos ao desenvolvimento de políticas voltadas à conservação.
De acordo com relatório divulgado no ano passado pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, em inglês), mais de 800 espécies de animais e plantas já foram extintas nos últimos 500 anos e, aproximadamente, 17 mil espécies podem desaparecer. O mais alarmante é que somente 2,7% (44.838 espécies), de 1,8 milhão de espécies descritas pela Ciência foram analisadas, o que demonstra o grau de desconhecimento que há sobre a biodiversidade na Terra.
O Brasil tem posição estratégica, por se caracterizar como primeiro, entre 17 países, em megadiversidade no mundo, o que corresponde a até 20% das espécies. No país há, pelo menos, 627 espécies da fauna e na faixa de 1.100 de flora nativa ameaçadas de extinção (dados 2008), segundo a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA - Ministério do Meio Ambiente.
As diretrizes da ONU visam aumentar a consciência pública sobre o tema, como também promover a identificação e o combate às ameaças. A campanha integra a programação da CDB - Convenção sobre Diversidade Biológica, criada em 1992, durante a ECO 92, que reúne os países signatários a cada dois anos, na Conferência das Partes – COP. A mais recente ocorreu em Bonn, na Alemanha, em 2008 (Leia artigo de Washington Novaes – Quanto custa perder a biodiversidade), e, neste ano, acontecerá a 10ª COP, em outubro, na cidade de Nagoya, Japão (Leia aqui)
“Neste ano, uma das discussões mais importantes será sobre a possibilidade de se chegar à construção de um Regime Internacional de Acesso e Repartição de Benefícios oriundos do Uso dos Recursos Genéticos, com caráter vinculante, ou seja, que faça com que todos os países signatários da CDB, que adotarem a medida, atuem de maneira coerente e coesa”, diz a secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito.
O Regime Internacional tem como objetivo a distribuição justa e eqüitativa dos lucros obtidos com a exploração da biodiversidade e do conhecimento de populações indígenas e tradicionais associados a estes recursos genéticos. O Brasil tem papel relevante nesta discussão, pois é, desde 2008 (gestão de dois anos), presidente do Grupo dos Países Megadiversos, que busca levar, às negociações da CDB, a posição consensual destes países.
Até agora, foram realizadas três reuniões, que discutiram a construção das bases dessa proposta.
O Grupo dos Países Megadiversos reúne os 17 países mais ricos em biodiversidade no mundo. Além do Brasil, fazem parte da lista: África do Sul, Bolívia, China, Colômbia, Congo, Costa Rica, Equador, Filipinas, Índia, Indonésia, Madagascar, Malásia, México, Peru, Quênia e Venezuela.
O contexto dos desafios para a preservação da biodiversidade brasileira e no mundo demonstra que ainda há muito a fazer. “É preciso popularizar o conceito, para que sua compreensão, pela maioria da nossa sociedade, revele e materialize em políticas públicas de outros setores a importância da conservação deste ativo para a nossa vida na Terra. Sabemos que a taxa de diminuição da biodiversidade no planeta continua alta”, afirma Maria Cecília.
O especialista José Sabino, doutor em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp e biólogo da Universidade Anhanguera, no Mato Grosso do Sul, caracteriza a atual conjuntura como ‘crise mundial de extinção de espécies’. “Diferentemente das extinções anteriores, como a dos dinossauros (há 65 milhões de anos) ou dos mamíferos gigantes do Pleistoceno (entorno de 12-15 mil anos atrás), esta é uma extinção provocada essencialmente pela ação humana. A redução e a conversão de habitats, o isolamento de populações e a introdução de espécies exóticas são algumas das ações que pressionam negativamente as espécies mais sensíveis”, explica. Sabino, que também é fotógrafo (seu site é indicado no final desta reportagem), mantém hoje um acervo próprio de 32 mil imagens dos diferentes ecossistemas brasileiros.


MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DIVERSIDADE BIOLÓGICA

Maria Cecília Wey de Brito, do MMA, destaca que, na agenda da Biodiversidade, as mudanças climáticas têm um forte peso. Nesse sentido, o Ministério produziu as publicações “Inter-relações entre Biodiversidade e Mudanças Climáticas” e “Mudanças Climáticas Globais e seus efeitos sobre a Biodiversidade”, disponíveis em seu site.
“No Brasil, os problemas são ocasionados pelo aumento das temperaturas na região amazônica e pela intensificação de períodos secos no semi-árido do Nordeste. Ainda há elevação no nível do mar na costa brasileira, que inviabiliza a funcionalidade dos recifes de corais, entre outros exemplos. Os ecossistemas, ao se modificarem por força dessas alterações, poderão provocar o desaparecimento de espécies hoje existentes”, afirma a secretária.
O processo de extinção de algumas espécies, como o surgimento de outras, segundo Maria Cecília, são eventos naturais. A aceleração dessas ocorrências, entretanto, é que foge à normalidade. “Isso ocorre, devido à degradação e à fragmentação de ambientes naturais”, afirma. Entre as principais razões, de acordo com ela, estão a abertura de grandes áreas para a implantação de pastagens ou agricultura convencional, o extrativismo desordenado, a introdução de espécies exóticas invasoras (veja as reportagens indicadas no final deste texto), além da expansão urbana, da ampliação da malha viária e de outras causas, como a poluição, os incêndios florestais e a formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície.
“Cada vez mais, sabemos que a conservação das espécies não trata apenas da natureza em estado selvagem: espécies e ambientes íntegros promovem a regulação e a estabilização dos sistemas naturais ou mesmo aqueles com forte ação do homem”, ressalta o biólogo José Sabino. Ele explica que ambientes com alta biodiversidade promovem regulação de microclima, controle de pragas por meio da ação de inimigos naturais e estocagem de carbono, entre outros serviços ecossistêmicos.
Sabino também destaca que o ícone das mudanças climáticas são os ursos polares, que dependem de extensas áreas de caça. “Com o aquecimento, tem havido redução e fragmentação de áreas geladas no Ártico, com consequentes pressões negativas sobre as populações desses predadores”. Outros estudos, menos conhecidos, apontam para ameaças a várias espécies de anfíbios da América do Sul. Com o aquecimento de certas regiões, fungos se instalam na pele sensível desses organismos e os levam à morte.

ESPÉCIES AMEAÇADAS

Há vários anos o Brasil possui listas (nacional e de alguns estados) de espécies ameaçadas de extinção, tanto da flora quanto da fauna. Em 2008, o MMA, em conjunto com vários parceiros, lançou o Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, que reúne informações científicas sobre todas as 627 espécies da fauna reconhecidas como ameaçadas de extinção por meio das Instruções Normativas MMA nº 3, de 2003, e nº 5, de 2004 (Veja a reportagem publicada pelo Planeta Sustentável sobre esse lançamento).
O documento (acessível no site do MMA; veja a indicação do link no final desta reportagem) apresenta dados sobre a biologia, a distribuição geográfica, a presença em unidades de conservação, principais ameaças, estratégias de conservação, indicações de especialistas e de núcleos de pesquisa e conservação envolvidos com as espécies. “Essas informações são valiosas tanto para o gestor ambiental, cujo objetivo de trabalho é a elaboração e execução de políticas públicas, quanto para acadêmicos e o público em geral”, destaca Maria Cecília. No campo internacional, há a lista vermelha produzida pela organização União Internacional para a Conservação da Natureza (Veja a reportagem A longa lista dos condenados sobre esse estudo.).


SERVIÇOS AMBIENTAIS

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA explica que, quanto maior a biodiversidade de um ecossistema, maior é a tendência de que ele ofereça também mais tipos diferentes de serviços ambientais, como o fornecimento de água de boa qualidade, a manutenção da fertilidade dos solos e a polinização, da qual muitas das plantas dependem para produzirem frutos.
“Mecanismos, como o Sistema de Pagamentos por Serviços Ambientais, proposto para a Amazônia Legal, são considerados, cada vez mais, como soluções inovadoras para a conservação da diversidade biológica, diante à vulnerabilidade de alguns biomas brasileiros. Isso não quer dizer que seja substituto de uma política de conservação mais ampla, assim como de políticas sociais ou de investimento em serviços públicos básicos”, ressalta a gestora. Esse tipo de programa, além de incentivar a conservação, beneficia os atores sociais por meio do aumento de suas rendas.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Desde a Rio-92, as políticas públicas voltadas para a conservação da biodiversidade tiveram importante impulso no Brasil. Entre as mais significativas está a legislação que instituiu, em 2000, o SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. “Somamos, hoje, 304 UCs - unidades de conservação federais. Neste contexto, o Brasil é o país que mais criou áreas protegidas em todo o mundo, entre 2003 e 2009, que resultou num acréscimo de 268.096 km2. Hoje, temos um total de 768.488 km2 de unidades”, destaca Maria Cecília. A Política Nacional da Biodiversidade (decreto nº 4.339) foi instituída em 2002. “Há cerca de 10% de área protegidas no mundo, sob algum tipo de legislação e essas UCs são estruturais para a manutenção da vida no Planeta”, considera o professor José Sabino, da Unicamp.
Na análise da secretária do MMA, o programa de Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA também auxilia a conservação. “Em sua primeira fase, apoiou a criação de 43 unidades de conservação, abrangendo uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares e investiu US$ 50 milhões diretamente na consolidação de 62 unidades de conservação”. A iniciativa ainda resultou na criação do Fundo de Áreas Protegidas – FAP, destinado à manutenção de unidades de conservação consolidadas com apoio do ARPA, em cerca de US$ 29,7 milhões. “Durante a Fase II (2010-2013), há a perspectiva de aplicação de cerca de US$ 120 milhões em investimentos diretos e indiretos”, diz.
Na última avaliação do sistema Prodes, que registra o desmatamento no período de um ano, entre agosto de 2008 e julho de 2009, foi detectado o menor desmatamento dos últimos 21 anos, na Amazônia, de acordo com a gestora.
Segundo a Avaliação Global de Recursos Florestais 2010, realizada pela FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, 13 milhões de hectares anuais de florestas nativas foram transformadas em terras agrícolas ou destruídas por causas naturais, nos últimos dez anos. As maiores perdas ocorreram na América do Sul e na África, computando o total de 7,4 mi hectares. Já na Ásia, houve o reflorestamento de 2,2 mi hectares, principalmente na China, Índia e Vietnã. No Brasil, o desmate caiu de 2,9 milhões de hectares na década passada para 2,6 milhões nesta década. Mas esses resultados ainda não são suficientes para comemorações, visto que o Brasil ainda lidera o ranking de desmatamento, segundo o relatório.
“Hoje temos políticas públicas que podem ser bons instrumentos para consolidar a proteção desses biomas, mas os governos isoladamente não conseguem dar conta dessa tarefa. É preciso que os diferentes segmentos da sociedade atuem para a consolidação das metas de conservação”, analisa o biólogo José Sabino.

ALÉM DA AMAZÔNIA

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, afirma que a ampliação do monitoramento por satélite da cobertura vegetal brasileira não se limita mais à Amazônia. Isso, em sua opinião, é um fator importante para a conservação da biodiversidade. “Em 2009, foram divulgados os primeiros resultados para o Cerrado entre o período de 2002 e 2008. No início deste ano, apresentamos os dados do desmatamento da Caatinga e, até o final de 2010, está prevista a divulgação dos dados da Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, referentes ao mesmo período”, antecipa a gestora.
Ações no campo da legislação, como a aprovação da Lei da Mata Atlântica e sua regulamentação, além da regulamentação de dispositivos da Lei de Crimes Ambientais, colaboram para as políticas públicas no setor. “Com o Programa Mais Ambiente, também se pretende apoiar os proprietários rurais na regularização ambiental de suas propriedades. Já a Política de Preços Mínimos para os produtos do extrativismo, que agrega valor a esta importante atividade de comunidade locais e de povos indígenas entre outros, são alguns dos avanços recentes”, ressalta Maria Cecília.
No âmbito das pesquisas na área de Ecologia e Biodiversidade, de acordo com o biólogo José Sabino, o Brasil tem uma produção de altíssimo nível, mas necessita de mais recursos de conhecimento científico, financeiros ou de ampliação da capacitação instalada. “O que mais marca o setor ainda é uma profunda assimetria regional, com perto de 70% das instituições e pesquisadores concentrados no Sul e Sudeste do país”, diz. Essa assimetria, por sua vez, é diametralmente oposta às grandes áreas que concentram a maior parcela da biodiversidade brasileira (Norte, Centro-Oeste e Nordeste). “Contudo, vejo que temos progredido e acredito firmemente na nossa capacidade de gestão do problema”, conclui.

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/ano-internacional-biodiversidade-incentiva-conservacao-546327.shtml Acesso em: 09/04/2010

O que você faz com as sacolas de pláticos?

Por que reduzir as sacolas plásticas?


A questão de abolir ou reduzir as sacolinhas no dia a dia ainda causa muita confusão, principalmente quando se refere ao seu uso como sacos para descartar o lixo

- A A +Manoella Oliveira – Edição: Mônica Nunes

Planeta Sustentável - 01/04/2010

A campanha do Planeta Sustentável, lançada em agosto de 2009, pela redução das sacolas plásticas (você já clicou no nosso contador na home?) não é uma atitude isolada. No mundo todo, inclusive no Brasil, existe uma grande conscientização sobre o uso de descartáveis. Isso não significa que teremos que abandoná-los completamente, mas, sim, que é preciso assumir uma nova postura.


Novos hábitos de consumo são uma pequena parte do “famoso” processo de “adaptação” de que muitos cientistas falam quando vem a público falar das mudanças climáticas. Se você imaginou que esse seria um evento distante, relacionado a tecnologias avançadas e a fenômenos extremos da natureza, esta é a novidade. O processo já começou e inclui repensar até maneira com que você carrega suas compras.


O primeiro protesto de quem ouve falar em recusar sacolas plásticas é o questionamento sobre o acondicionamento do lixo de casa. Afinal, faz sentido substituir um plástico gratuito por outro que custa dinheiro? É especialmente por causa desse argumento e pelas condições precárias de saneamento no Brasil que a proposta, até então, é de reduzir, em vez de abolir.


Fernanda Daltro, coordenadora técnica da campanha “Saco é um saco”, do MMA - Ministério do Meio Ambiente, lançada no ano passado, concorda que a questão do saneamento no Brasil interfere na política de dependência de sacolas plásticas. “É perceptível. As experiências internacionais mostram que toda cidade que estabeleceu cobrança e banimento de sacolas tinha, como contrapartida, um sistema bom de coleta seletiva”, afirma.


TEORIA VERSUS PRÁTICA

Em um país em desenvolvimento, onde coleta de lixo ainda não é realidade em todo o seu território, é até compreensível que os consumidores optem pela opção gratuita e insustentável. Mas essa escolha, aparentemente esperta, não é nada consciente. Trata-se de uma opção individualista, visto que uma única pessoa não precisa investir na compra de sacos de lixo biodegradáveis à custa de um alto prejuízo coletivo ambiental. E, pior, o argumento se torna frágil à medida que a prática não condiz com a teoria.


Normalmente, ninguém vai ao supermercado fazer compras e pega uma única sacola, mas muitas, uma quantidade desnecessária e absurda que não tem utilidade. Por isso, o plástico fica entulhado em casa ou é usado para forrar a lata do lixo e, depois, vai para o aterro onde fica mais de 400 anos se desintegrando.


Estimativas do MMA apontam que, no país, são consumidas 33 milhões de sacolas por dia e 12 bilhões por ano. Será que é preciso tanto para descartar o lixo doméstico ou as pessoas estão perdendo o controle sobre o acúmulo de sacolas? Aliás, é necessário gerar tanto lixo? Se houvesse menos descarte, não haveria necessidade de usar tantas sacolas descartáveis.


Produzir sacolas plásticas demanda extração e refino de petróleo que resultam em muitas emissões e impactos na flora e na fauna. Depois de usadas, elas poluem as águas, matam os animais que as ingerem, entopem bueiros - dificultando a drenagem das águas da chuva – e causam problemas nos aterros, como a impermeabilização dos solos e o revestimento de material orgânico que, na ausência de oxigênio, em vez de biodegradar, apodrece, gerando metano.


Não é melhor optar pelos sacos de lixo ecológicos, desde que não sejam oxibiodegradáveis? No mínimo, o que todo cidadão pode fazer é colocar a maior parte das compras em ecobags e pegar uma única sacola plástica para acondicionar o lixo, não? A prática mostrará como é fácil alterar um hábito ainda tão nocivo. Neste ponto, Fernanda dá, ainda, outra dica.


“Sempre que puder gastar parte do dinheiro comprando saco de lixo, que opte pelos feitos de material reciclado. Os pretos normalmente são feitos material reciclado e isso é uma vantagem ambiental porque eles não demandam novos recursos e porque alguma parte de resíduo plástico que iria pra natureza está voltando para o processo produtivo na forma de saco de lixo”. Mas atenção! Nem todo saco preto é feito de material reciclado. As informações podem ser encontradas nos rótulos.


E você? Já aderiu às sacolas retornáveis ou ainda está viciado nas sacolinhas plásticas? Comente.

quinta-feira, 18 de março de 2010

HORA DO PLANETA


A hora do planeta é uma iniciativa da WWF para combater as mudanças climáticas.


Pessoas do mundo todo, empresários, governos e comunidades são convidados a apagarem suas luzes durante uma hora no dia 27 de março de 2010 a partir de 8:30h.


A hora do planeta é um movimento de todos nós para mostrarmos ao mundo que queremos uma solução contra o aquecimento global.


Saiba como participar mais desse movimento, acessando o site: http://www.horadoplaneta.org.br/

terça-feira, 17 de junho de 2008

Educadores Ambientais e Grupo Viverde têm um jornalzinho!

Estamos apresentando o primeiro jornal lançado pelos Educadores Ambientais e o Grupo Viverde. Este jornal será exposto na escola e no Espaço Ação Popular - CEATICA. Por enquanto, é um jornal mensal.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Educadores Ambientais e Grupo Viverde






Oficinas de reciclagem realizadas com os educadores ambientais e com o grupo Viverde.



A Coleta Seletiva é realizada pelos educadores ambientais em suas próprias casas e somente nelas.

São realizadas oficinas de recicagem para as mães das criança e dos adolescentes que frequentam o Espaço Ação Popular e participam do Projeto de Meio Ambiente.